quarta-feira, 18 de maio de 2011

Disfarces mais usados em assaltos a condomínios

      O cuidado com a segurança dos condomínios deve ser sempre um tema preocupante. Assaltantes se aproveitam de deslizes do esquema de segurança para driblar porteiros, seguranças, zeladores e até mesmo condôminos.
      Mesmo com amplos investimentos em equipamentos e sistemas de vigilância, cuidados básicos devem ser tomados para impedir que bandidos enganem os profissionais da portaria e consigam facilmente entrar na área reservada do condomínio.
        Pensando nessas situações, o SindicoNet ouviu especialistas e consultores em segurança e elaborou uma tabela com dicas e cuidados a serem colocados em prática que auxiliam a desmascarar os assaltantes. Com simples ações é possível evitar constrangimentos e não colocar em risco a segurança de funcionários e moradores.

Veja a tabela abaixo e entenda como agem os bandidos e estratégias para evitar invasões:

O DISFARCE
COMO ENTRAM
COMO EVITAR
Funcionário de concessionárias
de serviços públicos
Alegam ter de fazer reparos dentro de algumas unidades, ou no caso do carteiro, ter de entregar em mãos determinada correspondência
- Pedir crachá com foto
- Não permitir a entrada nas unidades, se o serviço não foi solicitado pelo morador

Oficla de Justiça ou Advogado
Procuram forçar a entrada no condomínio sem se identificar, ou apresentando documentos e identidades falsos
Orientar o porteiro para não mudar os procedimentos de segurança de acordo com a aparente autoridade de quem quer que seja. Só permitir a entrada se o morador autorizar
Banhistas
Casos no Rio de Janeiro. Geralmente em dupla, de sunga e chinelo invadem o prédio e levam o produto do furto em uma mochila.
O porteiro tem de estar atento e conhecer os moradores do prédio. Não abrir o portão para estranhos antes de obter autorização da unidade a que se dirigem
O "bem-vestido"
- Homem de terno entra a pé pela entrada de pedestres ou pela garagem, quando um morador chegava com seu carro
- O porteiro não desconfia de nada porque o homem está bem-vestido
- Logo em seguida é rendido pelo invasor, que o obriga a abrir o portão para seus comparsas


Orientar o porteiro para não mudar os procedimentos de segurança de acordo com as vestimentas das pessoas ou aparência de status social
O “Conhecido”
- Aproveita-se da entrada de uma pessoa no prédio para "pegar uma carona" no portão aberto dos pedestres
- Para não despertar suspeitas, diz alguma coisa para a pessoa que está entrando, parecendo ao porteiro que ambos se conhecem

Outra vez, vale a atenção do porteiro. Se ficar na dúvida se conhece ou não a pessoa que entrou, deve abordá-la e perguntar para que unidade se dirige
De carro
- Embicam o carro na garagem e buzinam
- Como “passageiros” de veículos de entrega que entram na garagem

O porteiro deve ser extremamente rigoroso na identificação do carro e do motorista. Jamais abrir o portão para veículos que não se identificam
Funcionário de instituição de caridade
- Caso relatado no Rio. O ladrão tinha uma lista com pessoas que freqüentemente faziam doações a instituições, e anunciou o apartamento e o nome de uma senhora que queria "visitar". A condômina autorizou a entrada e foi assaltada.
- Confirmar se morador requisitou a presença do funcionário. Se não, não permitir a entrada, mesmo que o morador autorize.
Corretor de imóveis
- Bem vestido, em geral num grupo de dois ou três, apresenta-se como corretor de imóveis e diz que vai visitar determinado apartamento
- Confirmar se morador requisitou a presença do corretor. Se não, não permitir a entrada, mesmo que o morador permita.
- Alertar porteiros para não deixar desconhecidos entrarem, mesmo que estejam "bem vestidos".

“Dona Ana”
- Apresenta-se na portaria e diz que vai no apartamento da "Dona Ana". Como este é um nome muito comum, alguns porteiros têm caído no golpe.
- Só permitir a entrada após autorizado pelo morador
Entregador de encomendas
(pizza, flores, cestas de café da manhã e outros)
De dois modos:
1. diz que vai subir em determinada unidade para entregar;
2. Chama o condômino ou um empregado seu para receber, e o rende assim que a porta é aberta
- Não permitir a subida de entregadores às unidades, em nenhuma hipótese
- Antes de abrir o portão para receber a encomenda, o porteiro deve confirmar se o respectivo condômino a aguarda
- No caso de flores e presentes-surpresa, o melhor é que o próprio porteiro receba
- Outra garantia é instalar um "passador" de encomendas, para não abrir o portão nestes casos

Cuidado com quem entra e sai do seu condomínio

         Caro Morador, desta vez não irei escrever sobre os cuidados que devem ter com os visitantes, porque a maioria dos condomínios têm um bom sistema de cadastro de não-moradores. Porém, o mesmo não pode ser falado dos prestadores de serviço. Atualmente, permitir que um desconhecido cruze os portões do conjunto pode ser um mau negócio, visto que ele terá acesso livre às unidades e poderá repassar informações a bandidos – ou ele mesmo realizar algum delito.
      O problema é que se trata de uma missão praticamente impossível, pois é muito comum (e conveniente) pedirmos alimentos por delivery, recebermos encomendas ou esperar o táxi ou a van escolar na porta de casa. Por isso o controle deve ser feito por meio de cadastros.
Todo e qualquer prestador de serviço que entrar no condomínio deve ter cadastro prévio. Os Correios, por exemplo, mantêm informados os moradores de cada região sobre os carteiros que prestam serviços por lá. Se há uma troca, a empresa avisa com antecedência. 
      O mesmo deve ser feito para pedreiros, empregadas domésticas, vans escolares, ônibus etc. É obrigação da portaria verificar se a pessoa cadastrada é a mesma que vai adentrar ao condomínio. Caso contrário, deve barrar a entrada.
     No caso de entregas, a segurança deve vir antes da conveniência. O ideal seria que os moradores buscassem os pedidos na portaria, mesmo em caso de condomínios grandes, em que o trajeto só pode ser feito por carro. Para cartas ou outras correspondências, cada unidade deve ter um local próprio, dentro da portaria, para armazená-las. Assim que o morador chega do trabalho, recebe os envelopes.
      Outro caso que merece atenção especial é a coleta de lixo. Segundo especialistas em segurança, o condomínio deve recolher os sacos plásticos de cada unidade, juntá-las em um local para que o caminhão da prefeitura retire-os. Em grandes condomínios, fazer tal coleta teria custo, por isso muitos optam por não fazê-lo. Ainda assim, ter o cadastro do motorista do caminhão, dos coletores e as escalas de trabalho dos mesmos é fundamental para a segurança.
    Com a contribuição dos moradores e investimento, a segurança fica em primeiro plano, e os riscos de acontecer algo caem. Nosso patrimônio agradece.
* Lincoln Cesar do Amaral Filho é diretor da Superlógica e do portal LicitaMais (www.licitamais.com.br) e especialista em condomínios.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Morar bem é conviver em harmonia

        Morar bem consiste em conciliar a localização, a relação custo-benefício do imóvel e, talvez o mais importante: a loteria de ter uma boa vizinhança.

        A localização é o fator financeiro que mais valoriza a avaliação de um imóvel. Nesse item, várias análises podem ser feitas; depende do que você está procurando. Alguns valorizam a proximidade do imóvel ao centro da cidade, outros, a proximidade do local de trabalho; outros, a infraestrutura do bairro escolhido, como padaria e farmácia nas redondezas da residência.

        A relação custo-benefício do imóvel leva em consideração seu valor no que diz respeito ao que o imóvel pode oferecer, como a própria localização, a segurança do bairro, as características do imóvel, quantidade de vagas de garagem, condomínio, IPTU etc.

        A vizinhança é um caso à parte. É uma verdadeira loteria. Depende do seu perfil, dos seus vizinhos e a harmonia entre vocês. Um simples barulho pode terminar numa guerra entre condôminos. E barulho não é só a furadeira no domingo logo pela manhã. Pode ser seu cãozinho de estimação, seu home theater “no talo” ou sua visita que fala um “pouquinho” mais alto.

      Existem vizinhos barulhentos que se entendem e vivem em perfeita harmonia. Um respeita o barulho do outro para que não seja incomodado quando fizer o seu. É a famosa política da boa vizinhança. Outros não fazem nenhum barulho e exigem que todos os outros também não façam. O perigo é quando um perfil encontra o outro, o que normalmente resulta em atritos. E não existe um perfil certo. O que vale nesses momentos de conflito são o respeito e o bom senso. Ceder é uma palavra que precisa entrar no vocabulário de quem quer morar bem.

    Um ambiente harmônico em que todos buscam um bom convívio pode trazer à sua moradia um valor incalculável. Em um mundo corrido e estressante como hoje em dia, se você mora num ambiente desse, pode ter certeza: você mora muito bem.